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Tudo que molha seca
Uma filosofia de infância para navegar o caos da vida adulta


As vezes são atitudes, as vezes são palavras, que têm o poder de moldar a realidade.
Depois de algum acidente doméstico onde o caos poderia imperar na família.
Entre objetos quebrados e líquido por toda parte, uma certa ansiedade me tomava, junto com o medo da reação que meus pais teriam.
Dentre as muitas frases geniais que meu pai já criou, uma marcou muito minha infância e de minhas irmãs.
“Tudo que molha seca.”
Para uma criança, momentos como esses podem apavorar um coração. E nesse instante, que parecia eterno, chegava meu pai e falava a frase mágica.
Na hora, a rigidez que o momento proporcionava se desfazia e eu me acalmava, independente de quem tinha feito a bagunça.
O poder das palavras para moldar a realidade.
A sabedoria por trás da frase
Anos depois, descobri que essa mágica do meu pai tem nome:
Reenquadramento Cognitivo.
A ideia é simples, mas profunda.
Em vez de reagir à situação caótica (o leite derramado, a crítica no trabalho, o plano que falhou), você escolhe conscientemente dar um novo significado a ela.
Você não muda o fato — o chão continua molhado.
Você muda a sua interpretação do fato.
E isso muda tudo.
A frase do meu pai era um atalho para isso: ela nos tirava do modo "pânico" e nos colocava no modo "solução".
"Aprenda o que deve ser levado a sério e ria do resto."
IA da Vez: Construindo nossos primeiros agentes de IA
Nosso portão de entrada digital estava um caos.
Um caos produtivo, mas ainda assim, um caos.
Imagine uma praça em Foz do Iguaçu: de um lado, um leitor chega para comentar uma matéria.
Do outro, um assessor de imprensa querendo pautar um conteúdo.
Um cliente pede suporte, enquanto um empresário pergunta sobre patrocínio e chegam dezenas de convites para eventos.
Cada pessoa é importante.
Cada conversa tem seu valor.
Mas, no meio desse fluxo, a energia de uma mente brilhante da minha equipe estava sendo consumida em uma única tarefa: ser a porteira.
Direcionar o tráfego.
Ela era uma construtora atuando como controladora de voo. E isso precisava mudar.
Foi quando decidimos atravessar uma nova fronteira: a da automação com alma.
Colocamos nosso conhecimento em prática para criar a primeira agente de atendimento do Grupo 100fronteiras.
A missão da agente é clara: acolher, entender e direcionar cada pessoa que chega ao nosso portão digital, liberando nossa colaboradora para fazer o que apenas humanos fazem bem: criar, conectar e resolver problemas complexos.
Neste momento, a agente já está online.
Estamos na fase de "estresse", testando seus limites, ensinando-a a navegar a complexidade das nossas conversas para aprimorar suas respostas.
O próximo passo é ambicioso: ela irá agendar reuniões diretamente na agenda do colaborador responsável.
E ela é apenas a pioneira.
Depois dela, com um amigo criei um agente focado em prospecção.
Um batedor digital, cuja tarefa será buscar empresas com potencial de sinergia, iniciar o primeiro contato e agendar visitas para nosso time comercial.
Acredito que a IA não veio para nos substituir, mas para nos devolver àquilo em que somos insubstituíveis: as relações humanas, o foco na estratégia e a criatividade na busca por soluções.
A máquina cuida do portão, para que nós possamos explorar o território.
P.S.: Essa primeira travessia no mundo dos agentes foi construída com as ferramentas N8N, Claude, Gemini, Super Agentes e Evolution Manager.
5 perguntas para mente que atravessam fronteiras com Paulo André Norberto
Hoje conversamos com uma figura na vanguarda da educação e do empreendedorismo social no Brasil.
Paulo André Norberto é um educador e empreendedor que, ao longo de quase duas décadas, tem se dedicado a uma missão clara: usar a educação como ferramenta de transformação social.
Ele é uma das mentes por trás de iniciativas de grande impacto como a ATF - Authors of The Futures e a Rede Bertoni, além de ser o fundador da ONG ELEVENS, focada na educação de superdotados. Seu trabalho é um pilar para o estímulo do protagonismo juvenil e da cultura de inovação no país.
Para mergulhar em sua jornada e em sua visão de futuro, aqui estão 5 perguntas para Paulo André.

1.Sua jornada começou com Engenharia Eletrônica e evoluiu para uma dedicação profunda à educação e ao empreendedorismo social. O que o motivou a fazer essa transição e a focar no desenvolvimento de jovens talentos?
Eu não concluí a engenharia eletrônica na UFRJ, fiz apenas por 2 de 5 anos, em 1989 e 1990. Eu tive uma depressão na época. E fui trabalhar na empresa do meu pai, uma importadora de equipamentos eletrônicos navais para o mercado de barcos de pesca profissional.
Eu sou voluntário gestor, docente e pesquisador nas instituições da Conscienciologia desde 1998. Hoje voluntario na Comunicons, há 20 anos, especificamente desenvolvendo o cinema na Conscienciologia.
E em 2012, criei com um amigo psicólogo, o Thiago André, e outros voluntários, a ONG de Educação de Superdotados ELEVENS. Uma paixão desde sempre, o tema da educação e projeto com superdotados. Tivemos apoio do prefeito Paulo Mac Donald e da secretária de educação Joane Vilela, fizemos testes de inteligência lógico-matemática e linguística em 2200 crianças do 5o ano além de entrevistas com seus coordenadores pedagógicos de todas as 51 escolas municipais na época. Selecionamos 36 crianças criteriosamente. Iniciamos o projeto no Polo Astronômico no PTI em outubro de 2012.
Antes do ELEVENS, em 2010, articulei um projeto ambicioso em educação de superdotados, que foi inicialmente a formação de 100 professores do município de Foz do Iguaçu em uma especialização de 100 horas sobre Educação de Superdotados. A Dra Susana Graciela Pérez (do ConBraSD - Conselho Brasileiro de Superdotação) veio a Foz durante um semestre para esta fornação. Foi um sucesso. O investimento neste curso de especialização foi uma doação do Colégio Bertoni e da Uniamérica na época.
Estes 100 prefessores foram impactados criando uma cultura de educação especial no município no atendimento a criança com superdotação. Foram criadas salas de recursos em algumas escolas e, principalmente, aquela criança que aprendia rápido os conteúdos e não se adaptava a escola já era vista com outro olhar, poderia ser um caso de superdotação.
O objetivo era, em parceria com o PTI, usar seu espaço maravilhoso para, no contraturno, levarmos crianças superdotadas e acelerarmos estas crianças em seus talentos. Criaríamos um polo na América Latina de excelência em educação de superdotados. Iniciamos com a formação de professores. O projeto não foi para frente por dificuldades admnistrativas.
Então, decidi, criar algo mais simples, o ELEVENS em 2012, que funcionou por 3 anos com apoio total da Uniamérica e seu CEO Ryon Braga.
E o que me motivou e motiva é o desenvolvimento da nossa Trifron (Argentina, Brasil e Paraguai) em um raio de 200 Km no mínimo para dentro dos 3 países a partir de projeto consistente, técnico e de nível de excelência internacional. Superdotados bem acolhidos e desenvolvidos são líderes inovadores, da indústria, dos negócios, da política. Verdeiros geradores de prosperidade na sociedade. Os países ricos sabem disso.
Quem entra nas melhores universidades do mundo? Quem ganha prêmio Nobel? Quem funda empresas unicórnios? São as pessoas mais geniais da sociedade, os 5% mais talentosos, criativos e persistentes que tiveram condições mínimas de estímulo ao talento. E até a adolescência a família e a escola são a base dessas condições. Estamos falando aqui de um terceiro pilar de transformação do potencial da criança talentosa, uma cultura social, um vetor social que apoie e estimule a família e a escola.
Podemos criar uma Califórnia do século XXI se nos mobilizarmos para uma educação básica pública de qualidade neste raio de 200 Km e criarmos projetos geograficamente bem distribuidos para aceleração de superdotados. Vejo que de alguma forma o ambiente da Trifron está fermentando nesta direção e sentido. Vimos nos últimos 20 anos a região se tornar uma região de estudantes. Unioeste, IFPR, UNILA, Medicina da UNILA, Colégio Bertoni, milhares de estudantes de medicina em CDE e por aí vai. E o que ratifica a minha visão é a revolução que está em curso em Toledo liderada pelo mega empreendedor e visionário Luiz Donaduzzi com a Biopark. Fiquei muito feliz há poucos dias quando o Paulo Rocha, diretor de educação do Biopark, me atualizou que estão criando uma fundação com o objetivo da Educação de Superdotados.
Alta Tecnologia e alta cultura. Podemos mobilizar a região e transformar esse paraíso em um polo de produção de cinema. Podemos decidir que todas as escolas participarão das olimpíadas de matemáticas do seu país, para que as crianças inicialmente saibam que existe. E podemos dar prêmios, até em dinheiro, para incentivar que as familias apoiem o estudo das crianças. Que desejem ganhar medalhas de ouro na Obmep do Brasil ou na Omapa do Paraguai, por exemplo.
China, Taiwan, Coreia do Sul, Singapura nas últimas décadas se tornaram potências basicamente a partir da educação forte. E onde quer que seja que tenha riqueza, indústria de ponta, economia criativa como a do cinema de alto nível e muita prosperidade existe uma sociedade que valoriza demais o estudo de alta performance e o estímulo ao pensamento criativo. E os mais capazes tem estímulos adequados para irem além, ao aproveitarem ao máximo os seus potenciais para o benefício de todos.
Fundei o Colégio Bertoni em 2007 com mais 3 sócios, Amaury Pontieri, Fred Ganem e Otávio Araújo. O propósito é bem simples, fazer o aluno pensar grande e cada um explorar ao máximo o seu potencial. No Colégio Bertoni estou o tempo todo buscando alunos geniais para dar bolsas de 100 % e ajudá-los a irem o mais longe possível. Já levei aluno para São Paulo para fazer a prova da Fuvest, o vestibular da USP. Já oferecemos bolsas de 100% para alunos ouro da Obmep. Hoje sou sócio de alguns desses alunos e tenho conversado com vários deles para fundarmos a próxima ONG para impactar definitivamente a região da Trifron.
É um orgulho ver nossos ex-alunos no Google, na medicina de Harvard ou enganheiro do ITA e USP. Mas eu desejo mais para a nossa região. Quero contribuir para descobrir esses talentos, dar condições que desenvolvam seus potenciais e que fiquem aqui para estudar e trabalhar. E para isso desejo criar aqui uma Stanford do hemisfério sul. Esse é um dos objetivos em uma década. E em uma geração, 2050 por aí, termos uma região rica e referência em inovação e índices sociais e econômicos. Uma universidade desse nível é atratora de cérebros do Brasil e do mundo. O Vale do Silício nasceu a partir de Stanford.
Tudo isso é muito possível sim. Temos uma condição rara no planeta. Uma região trinacional onde convivem em paz um caldeirão cultural de mais de 70 etnias. Condição riquíssima que potencializa a criatividade necessária para a inovação na ciência, nas artes e nos negócios. Temos o povo paraguaio com altissimo Qi por uma condição favorável do bilinguismo. O paraguaio tem um alto Qi por desenvolver mais o cérebro ao crescer com o espanhol e o guarani. Se o Paraguai levar muito a sério a educação pública pode virar uma potência em uma geração aproveitando essa vantagem que a neurociência explica.
Enfim, a Trifron me inspira a tomar iniciativas para que a nossa geração deixe um legado para a humanidade. Uma próxima capital intelectual para a história da humanidade.
2- Ao fundar iniciativas como a ONG ELEVENS para superdotados e a Rede Bertoni, quais foram os maiores desafios que você encontrou para tirar esses projetos inovadores do papel e como os superou?
Os maiores desafios estão sempre dentro da gente. Uma filosofia de trabalho que eu tenho para compensar as nossas deficiências é sempre convidar sócios e parceiros que nos complementam. O autoconhecimento é fundamental nesse momento. Saber em que somos bons e em que não somos. O Colégio Bertoni foi um caso de sucesso exatamente porque além de muito amigos nos complementamos. Eu tenho um perfil articulador, vendedor e visionário. Cada sócio tem outros superpoderes. E assim nos complementamos, temos em comum o gosto pela educação de excelência e principalmente de estar em sala de aula transmitindo essa cultura de perto para os alunos. Todos nós somos professores do colégio.
Começamos com um pré-vestibular em 2007 na rua Almirante Barroso, e hoje temos 14 unidades espalhadas entre Hernandárias (Paraguai), Foz do Iguaçu, Porto Alegre, Medianeira, Cascavel, Londrina e Toledo.
3- O nome "Authors of The Futures" é muito impactante. Na sua visão, quais são as habilidades e mentalidades mais cruciais que os jovens de hoje precisam desenvolver para se tornarem, de fato, os autores de um futuro melhor?
A ATF - Authors of The Futures é um projeto de educação empreendedora para filhos de empresários que eu vislumbrei em 2005 e 2006 ainda quando eu dava aula particular de olimpíada de matemática nas casas de famílias orientais da fronteira. Com essa visão de desenvolvimento da região passei a sonhar em acelerar os filhos de empresários da Trifron para que antecipem suas experiências empreendedoras e naturalmente acelerem a maturidade. Hoje na ATF alunos de 13 a 15 anos iniciaram uma empresa com seu CNPJ. Um desafio. Hoje, um ano e meio depois, objetivo atingido, maturidade acelerada. Queremos muito mais. Queremos que antes da idade universitária dominem os processos de um negócio e a partir do DNA familiar de empreendedorismo que já possuem se tornem gigantes dos negócios sendo um pilar do desenvolvimento regional com impacto internacional. Desejo que dominem a metodologia de negócios exponenciais no agro, na indústria e no comércio.
Quanto as habilidades e mentalidades mais importantes para um jovem de hoje ser autor de um futuro melhor são as de sempre para qualquer geração. Existem as diferenças geracionais sem dúvida, mas as necessidades para sermos protagonistas são as mesmas sempre. E uma delas que eu destaque é a AÇÃO. Vejo pessoas nem tão inteligentes conquistando muito e o que elas tem em comum é o que se chama em educação de superdotados, a dedicação a tarefa. Com a persistência, o interesse e a atenção. Ao errar e fazer de novo até aprender o nosso cérebro aprende produzindo novas sinapses. E essa prática deliberada faz com que pessoas e equipes normais obtenham resultados espetaculares. E podemos sim ficarmos mais inteligentes, mais produtivos, perdermos a vergonha, e aprendermos que não existe o impossível.
Não existe sucesso sem ação. Ação que pode ser traduzida de várias maneiras. Vontade, saúde física, energia, dedicação, motivação e por ai vai. No final o trabalho, ou resultado, necessita de energia que é utilizada na ação.
4- Com quase duas décadas de atuação, como você mede o sucesso e o impacto a longo prazo de seus projetos na vida dos jovens e nas comunidades que eles impactam?
Eu sou um colecionador de histórias com os alunos que se tornam amigos. Alguns até sócios. O Bruno Chamorro talvez seja o primeiro exemplo. Conheci o Bruno em 2004, ele tinha uns 12 anos e ia ali no nosso andar do IIPC no edifício Foz Executive Center no centro, quando chegamos em Foz do Iguaçu, e vendia salgadinhos. Ele começou a vender brigadeiro e salgadinhos aos 8 anos nas ruas de Foz. Ele foi aluno do Bertoni e hoje é CEO e sócio da Neotelecon, maior provedora de internet no Paraguai, é meu sócio no Colégio Bertoni no Country Club em Hernandarias e meu sócio na ATF, a escola de negócios. Aos 17 anos, eu dei de presente para ele, o curso Empretec do Sebrae, curso de imersão de uma semana só para empresários. Ele foi o melhor da turma, foi o que vendeu mais. Genial.
Temos centenas de depoimentos de alunos do Colégio Bertoni que falam literalmente "O Colégio Bertoni me fez pensar grande". Antes não imaginavam que podiam ir para a Unicamp, USP ou mesmo numa universidade de excelência nos EUA.
Vejo tranquilamente que o maior impacto que o Colégio Bertoni, por exemplo, ofereceu a cidade foi melhorar o nível da educação. De repente, a concorrência, os outros colégios, passaram a criar turmas com foco em medicina em federais e até para aprovação na USP. Quando eu via esse esforço dos outros colégios eu sentia uma certa sensação de missão cumprida. Mudamos a cultura da educação básica na cidade.
Vou compartilhar uma história desta semana, por exemplo. Descobri nas listagens dos medalhistas da olimpíada brasileira de matemática que uma menina do 7o ano do interior de São Miguel do Iguaçu havia ganho uma medalha de ouro. Consegui o contato da mãe dela e ofereci transporte, livros e bolsa integral. A mãe não topou porque a menina ainda era muito jovem. No ano seguinte, aconteceu o mesmo. Ouro na Obmep. Fui atrás dela e a mãe, de novo, disse não. Ela até foi ao Rio de Janeiro ganhar a medalha de ouro com tudo pago pelo governo federal. Ai desencanei. Até que fui pego de surpresa e me emocionei muito de verdade quando vi a Débora Steffler e a mãe entrando no Bertoni na época de matrícula para o 1o ano do ensino médio. 3 anos depois a Débora passou na USP e Unicamp, as melhores do Brasil. Escolheu Engenharia Química na Unicamp. Nesta semana vi no Instagram que ela se formou. E perguntei para ela quais seriam seus próximos passos. A Débora fez um TCC na área de química medicinal e vai fazer mestrado agora na USP.
5- Olhando para o futuro da educação no Brasil, qual é a principal mudança ou inovação que você acredita ser essencial para prepararmos as novas gerações para os desafios que virão?
Antes dos desafios que virão, a necessidade maior, é um pacto nacional pela prosperidade. Na década de 90 a economia do Brasil era maior que a chinesa. O resto nem precisamos falar. Precisamos de estadistas visionários que contribuam para uma mudança de mentalidade no país.
Ouvi do engenheiro Oziris e Silva, fundador da Embraer uma história maravilhosa. Na década de 70 a sua secretária recebeu um telefonema do Peter Drucker, um jovem a época, hoje considerado o pai da administração. Peter Drucker havia sido contratado pelo partido chinês para selecionar um time de inovadores e empreendedores visionários de todo o mundo para darem sugestões e inspirações ao planejamento de longo prazo do governo chinês. Oziris Silva foi um dos recrutados, o engenheiro do ITA sonhador que criou a indústria aeronáutica brasileira. Ficou impactado com a reunião no final da década de 70 e viu que 50 anos depois o que a China realmente fez.
Portanto precisamos amadurecer enquanto país que pretende ser bem melhor. Fazer planejamento de médio e longo prazo e não ficar a mercê de troca de governos de partidos diferentes que não seguem nenhum plano. E priorizar 3 coisas: educação, educação e educação.

A fronteira que nos habita
O mundo é do tamanho das nossas experiências.
Como é possível morar em um local que muitos atravessam o globo para visitar, e nós não fazemos o mínimo de esforço para conhecer?
Aqui na Tríplice Fronteira, temos as Cataratas do Iguaçu com dois lados para visitação: o argentino e o brasileiro.
No Brasil, você tem a vista panorâmica, a contemplação.
Na Argentina, você vivencia a força, entra e sente as águas.
E se eu te falar que a maioria dos iguaçuenses não conhece o lado brasileiro, imagine então o argentino?
Essa paralisia tem a mesma raiz do pavor infantil do copo quebrado.
A ansiedade que a criança sente é a mesma micro-ansiedade que o adulto sente ao pensar em sair da rotina.
É o medo do desconhecido, do pequeno caos.
A filosofia do meu pai me deu uma ferramenta para lidar com isso, e essa mesma ferramenta pode ser usada para atravessar as fronteiras mentais que te impedem de viver.
A verdade é que as Cataratas, assim como o leite derramado, não vão a lugar nenhum.
A água vai continuar caindo lá, e o chão pode ser limpo aqui.
A nossa atitude perante o fato é a única coisa que podemos controlar.
A leveza de dizer "tudo que molha seca" é o passaporte para a próxima travessia.
A clareza nasce da ação.
Nos encontramos na próxima travessia.
— Denys Alex
Meu objetivo com esta newsletter é criar um espaço para conversas que importam. Se o tema de hoje te tocou, a melhor forma de fazer essa conversa crescer é compartilhando com alguém que você acredita que vai se conectar com as ideias. Obrigado por ler até aqui.
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