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O poder de uma nova perspectiva: Como uma pequena mudança transforma tudo

Um insight inesperado e ferramentas simples para destravar o fluxo e sair do piloto automático.

Hoje, vamos falar sobre o poder que se esconde no óbvio.

Sobre como um simples ajuste no nosso ambiente ou na nossa rotina pode destravar uma nova realidade, nos libertando da inércia e da procrastinação.

Insight: A janela como portal

Vivemos no automático, imersos em uma rotina que raramente questionamos. 

Até que um pequeno detalhe quebra o padrão e tudo muda.

Foi o que aconteceu comigo.

Tenho um espaço de trabalho em meu apartamento, um escritório que personalizei e chamo de meu. 

É o único lugar onde tive total liberdade para criar. 

Estava em um fluxo intenso de cursos e anotações quando um insight repentino me convidou a olhar para a janela e contemplar o sol.

Em um estalo, tive a ideia de inverter a posição do blackout.

Essa pequena mudança me deu uma nova e linda vista enquanto escrevo. 

Agora, vejo as copas das árvores e o horizonte se abrindo diante de mim. 

Senti a alegria de um menino que faz uma grande descoberta. 

Conectado com a música, sinto a natureza pulsar junto.

O aprendizado é simples, mas transformador: 

Seja seu próprio agente de mudança. 

Olhe de forma diferente para o que te rodeia. 

A felicidade se esconde em pequenas coisas, e são elas que, somadas, tornam a vida mais leve.

Nova vista no meu canto no mundo.

A Ferramenta: O pacto de 25 minutos para vencer a inércia

Essa busca por pequenas mudanças me reconectou a uma velha aliada: a Técnica Pomodoro.

Conheci o método em um curso sobre "aprender a aprender".

A proposta é simples: trabalhe com foco total por 25 minutos e, então, faça uma pausa de 5 minutos.

Para o procrastinador, a maior barreira é o início. Encontramos inúmeras razões para adiar a tarefa central. 

O Pomodoro nos compromete com um pacto mínimo: apenas começar, por apenas 25 minutos.

É como se ensinássemos nosso cérebro a se motivar por uma recompensa próxima (a pausa), liberando-nos da ansiedade que gera a procrastinação.

O surpreendente é que, depois de alguns "pomodoros", é natural entrar em um estado de fluxo tão profundo que a própria pausa é ignorada.

Hoje, toda vez que o modo procrastinador insiste em aparecer, recupero meu gadget e firmo o pacto dos 25 minutos.

Agir liberta.

Ia da vez: O cérebro externo que organiza o caos

Se o Pomodoro organiza o tempo, outra ferramenta organiza a mente.

O hábito que realmente me colocou no jogo da organização foi trocar os post-its espalhados pelo app Lembretes (Reminders) da Apple. 

Como lido com múltiplos projetos e frentes de trabalho, a carga mental de "o que preciso fazer?" e "onde parei?" era um obstáculo constante.

Centralizar tudo em um único lugar foi um divisor de águas.

Com acesso às minhas tarefas em qualquer dispositivo, parei de esquecer as coisas. 

Mas a verdadeira virada veio depois: comecei a usar o sistema não apenas para lembrar, mas para priorizar o dia, definir o que realmente importa e, finalmente, executar com clareza.

Nesta edição, a conversa é sobre estrutura, escala e a lucidez necessária para construir negócios sólidos.

Para isso, trouxe um nome que transita com maestria entre os mundos da tecnologia, da mídia e da logística, sempre com o mesmo objetivo: transformar potencial em performance.

Fábio Petrossi Gallo é o tipo de líder que o mercado chama quando o desafio é complexo. 

Seja para preparar uma startup para a bolsa de valores, como fez com a Infracommerce, ou para reestruturar gigantes como os Grupos Abril e Globo, ele une a visão estratégica do conselheiro à execução precisa do CFO e COO.

O que mais me admira em sua trajetória é a capacidade de aplicar princípios de governança e eficiência em cenários completamente distintos, provando que, no fim, a base para o crescimento sustentável é universal. 

Ele sabe onde a tecnologia é hype e onde ela gera valor real, e entende, acima de tudo, que a cultura é o que sustenta qualquer transformação.

É uma honra ter seus insights aqui.

5 perguntas para mentes que atravessam fronteira com Fábio Gallo

1. Depois de liderar um IPO e incorporar várias empresas em tempo recorde, qual insight sobre cultura e governança se tornou inegociável para você?

Um insight que se tornou absolutamente inegociável para mim é o poder de uma cultura organizacional forte e bem definida. Percebi que, independentemente da velocidade das transformações ou da complexidade das integrações, é a cultura que mantém a empresa coesa e o time engajado.

Ter um time alinhado com as metas estratégicas e com os valores da organização faz toda a diferença — especialmente em momentos de crescimento acelerado e mudanças estruturais. A governança, por sua vez, precisa ser o alicerce que garante transparência, consistência e responsabilidade, mas é a cultura que sustenta o senso de pertencimento, propósito e colaboração. 

Hoje, considero inegociável investir tempo e energia na manutenção e fortalecimento da cultura, pois ela é o principal vetor de engajamento e de entrega sustentável de resultados.

2. Ao otimizar operações diversas, qual princípio de eficiência é sempre o seu primeiro passo quando assume um novo desafio?

Sempre que assumo um novo desafio com foco em otimização de operações, meu primeiro passo é garantir o alinhamento entre pessoas, processos, tecnologias e objetivos estratégicos. Acredito que eficiência começa com um time engajado e alinhado à cultura organizacional — esse é o fator humano que sustenta qualquer transformação.

A partir daí, implementamos um projeto estruturado de mapeamento e padronização de processos, definição de políticas claras, KPIs bem estabelecidos e alinhamento das tecnologias disponíveis às melhores práticas de mercado. 

Essa combinação permite não só eliminar ineficiências e reduzir retrabalho, mas também criar uma operação mais previsível, escalável e orientada a resultados. É esse princípio que sustenta ganhos reais e sustentáveis de produtividade.

3. Como CFO/COO que transita entre tecnologia, mídia e logística, onde IA e blockchain geram vantagem competitiva real nos próximos três anos — e onde ainda são puro hype?

A inteligência artificial já ganhou espaço real e prático nos dias de hoje e ainda mais no médio prazo — especialmente em tudo que envolve eficiência operacional e tomada de decisão baseada em dados. 

Na logística, por exemplo, já estamos colhendo resultados com IA aplicada à previsão de demanda, roteirização inteligente e controle de estoques. Na mídia, o uso de IA para personalização de conteúdo e segmentação de público vem se consolidando como um diferencial competitivo claro.

Blockchain, por outro lado, ainda vive uma fase mais promissora do que concreta. Embora existam boas aplicações em rastreabilidade e autenticação — especialmente na cadeia logística e em direitos digitais —, a tecnologia ainda enfrenta barreiras de adoção. Em muitos casos, ainda é mais tendência do que entrega de valor real.

No fim do dia, o que diferencia hype de resultado é ter clareza do problema que se quer resolver. Quando existe uma estratégia bem definida, com processos maduros, tecnologia alinhada e um time engajado com cultura forte e objetivos claros, aí sim essas soluções tecnológicas deixam de ser modismo e passam a gerar impacto real no negócio.

4. Em cenários de reestruturação ou crise, qual pergunta você faz primeiro para realinhar o time e transformar pressão em foco?

Em momentos de crise ou reestruturação, meu ponto de partida é sempre trazer o time para a realidade com uma pergunta direta: “Qual é a parte desse desafio que está sob nosso controle?” Isso ajuda a transformar ansiedade em ação, e a pressão em clareza.

A partir daí, é fundamental que o time de operação entenda que cada movimento tem impacto direto nos resultados financeiros e na percepção do mercado. Quando o time sabe onde quer chegar — e por que isso importa —, a execução se torna mais estratégica e eficaz.

Esse alinhamento só acontece de forma consistente quando existe uma cultura organizacional forte, que sustente decisões rápidas, colaboração e foco nos objetivos certos.

5. Para quem sonha abrir capital ou crescer via aquisições, qual “pequeno grande passo” precisa acontecer agora que a maioria dos empreendedores ignora?

O “pequeno grande passo” que muitos empreendedores ignoram é começar a pensar, desde já, em como tornar o negócio realmente robusto e preparado para qualquer movimento estratégico — seja abrir capital, crescer organicamente, por aquisições, parcerias ou até ser adquirido.

E isso começa com duas frentes que precisam caminhar juntas: De um lado, entender profundamente como seu negócio pode gerar valor real para os clientes — resolver um problema, transformar uma rotina, impactar positivamente a vida deles. Esse é o verdadeiro motor de crescimento e longevidade.

Do outro, estruturar a casa com disciplina: governança sólida, processos bem definidos, controles financeiros confiáveis e transparência nos resultados. Pode parecer detalhe técnico, mas é justamente o que transmite confiança para investidores, parceiros ou adquirentes.

Quando essas duas bases estão bem construídas — impacto real no cliente e solidez interna — o empreendedor está pronto para qualquer direção que o negócio tome. O sonho não precisa ser só abrir capital ou comprar outra empresa. O melhor sonho é estar preparado para crescer com consistência, de forma sustentável e estratégica.

Dica Extra: Criatividade sem limites com Lovart

O ecossistema de IA não para de evoluir. 

A ferramenta que mais me surpreendeu recentemente foi a Lovart.ai, pela sua incrível capacidade de criação de artes visuais.

Com ela, produções que antes eram limitadas a grandes agências com orçamentos robustos se tornam acessíveis a qualquer criador. 

É a democratização da criatividade em ação.

Para quem quiser experimentar, consegui alguns códigos de acesso. Eles são de uso único, então aproveitem os primeiros que chegarem.

Copie e cole o código: 
1- kLQqLTJ
2- NN4gJwv
3- NrjcJHx

As ideias do Fábio sobre estrutura, a mudança de perspectiva da janela e as ferramentas que organizam nosso caos se conectam com o lugar de onde escrevo.

Muitas vezes, a vida se parece com a Tríplice Fronteira. Existem belezas e oportunidades escondidas bem à nossa frente, mas, no piloto automático do dia a dia, deixamos de olhar com a curiosidade de um explorador.

A mudança acontece quando decidimos olhar de novo.

Jante em um restaurante do seu bairro esta noite. Peça o molho que você nunca provou.
Tome uma cerveja gelada às 4 da tarde em um bar vazio.
Vá a algum lugar onde você nunca esteve.
Ouça um desconhecido que não tem nada em comum com você.
Peça um corte de carne ao ponto. Experimente uma ostra.
Peça um Negroni. Peça dois.
Abra-se para um mundo que você não entende ou com o qual não concorda com a pessoa ao seu lado, mas tome um drink com ela, mesmo que não a conheça.
Coma e beba devagar. Dê uma boa gorjeta ao seu garçom.
Cuide dos seus amigos. Comprove tudo por si mesmo.
Aproveite a jornada.

Anthony Bourdain

A dificuldade não está em fazer.

Está em começar.

O ciclo de 25 minutos me ensinou que, ao dar o primeiro passo, o cérebro acompanha. 

Quando ajustamos o ambiente, a rotina e o olhar, pequenas mudanças ganham força e constância.

A clareza nasce da ação.

Nos vemos na próxima travessia.

— Denys Alex

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